Conseho Regional de Educação Física inicia uma campanha junto aos condomínios para a prática responsável da atividade física

Academias de ginástica são espaços praticamente obrigatórios nos descritivos dos condomínios construídos nos últimos anos, tão essenciais como salões de festa e playgrounds. Mas, mesmo utilizando os melhores equipamentos disponíveis, antes de qualquer coisa é preciso saber usá-los de maneira correta para evitar lesões e acidentes.

Pensando nisso, o Conselho Regional de Educação Física (CREF3/SC) está com uma campanha junto aos condomínios com o objetivo de conscientizar para a prática responsável da atividade física. “Estamos distribuindo folders impressos nos condomínios durante as visitas de orientação e fiscalização, enviando e-mails a todos os síndicos do estado e disponibilizando informações no site do Conselho”, conta Leandra Capanema Teixeira, Chefe do Setor de Fiscalização e Orientação do CREF.

O Ilha Nuova, no bairro João Paulo, em Florianópolis, foi um dos condomínios que recebeu a visita de orientação do CREF. Durante a visita, o 2º vice-presidente do CREF3/SC, Jean Carlo Leutprecht, acompanhado dos conselheiros Marcelo Scharf e Paulo Rogério Maes Junior destacaram as vantagens de se contar com um profissional de Educação Física para orientação dos moradores.

A receptividade dos condôminos foi boa e na avaliação de Gizele de Oliveira Silveira, síndica do condomínio, a campanha é importantíssima. “A utilização da academia vem crescendo bastante. São pessoas de todas as idades, desde jovens a pessoas idosas, e com o aumento da procura cresce também o risco de lesões. Só um profissional estará atento às necessidades de cada indivíduo”, diz.

Moradores

Leornardo Marmitt dos Santos, morador do condomínio e educador físico recebeu um kit do CREF com informações sobre o Conselho. Para ele, quem não recorre a um profissional para prescrever e orientar os treinos assume riscos tanto com relação à execução dos movimentos, quanto à progressão do treinamento, ao planejamento das cargas e à intensidade. “Um profissional está habilitado para orientar e conduzir o aluno em cada equipamento. Não existe atividade física meramente pelo equipamento, se a gente não utilizar de forma adequada, o objetivo não será atingido”, diz.

Leonardo explica que a configuração mínima para uma academia de condomínio deve contemplar uma área de aquecimento com esteira ou bicicleta, um espaço para alongamento e também para os exercícios principais. “Pesos livres facilitam muito esse trabalho e os aglomerados – equipamentos que permitem diversas posições e opções de exercícios – podem otimizar o espaço”, diz, acrescentando que uma sala de 20 a 25m² é suficiente para uma academia operar com boas condições.

Mas, para o educador físico, o equipamento tem de ser um facilitador do treino e não algo que possibilite o treino. “Com criatividade, experiência e conhecimento o profissional adapta todas essas questões e consegue de maneira muito simples conduzir o trabalho até em ambientes pequenos”, acrescenta Leonardo.

Dicas

– A contratação de um profissional para acompanhar as atividades físicas dos moradores é fundamental. Uma saída para não encarecer os custos é contratar empresas especializadas ou profissionais credenciados que prestam assessoria e ratear os custos entre os apartamentos que irão utilizar o serviço
– O profissional poderá montar programas de acordo com a faixa etária ou perfil dos moradores, orientar os exercícios, além de preservar o uso dos equipamentos
– Além das aulas na academia, o professor pode criar outras atividades, aproveitando as áreas de lazer do condomínio: a piscina pode receber aulas de natação e hidroginástica. O salão de festas e o pátio podem ser adaptados para receberem atividades como aulas de dança, alongamento e yoga
– Inserir atividades físicas nos condomínios é uma excelente opção para integrar e melhorar a qualidade de vida dos moradores.

Fonte: CondomínioSC