Arquiteto dá dicas de que como combinar cadeiras altas com móveis e eletrodomésticos
Em imóveis com metragem reduzida, as cozinhas americanas ampliam e integram o espaço da refeição com o do estar. Em geral, a ligação entre os dois espaços é o local escolhido para a colocação da bancada de apoio, que funciona como mesa para o café, o almoço e o jantar.
Mas, por ser mais alto, esse balcão também exige banquetas com altura maior, em vez de cadeiras comuns, para acomodar os moradores na hora de comer. E como escolher esses móveis?
As banquetas devem ser pensadas já no momento inicial de elaboração da decoração, segundo o arquiteto Raul Pêgas, do escritório Raul Pêgas Arquitetos. “O número de pessoas bem acomodadas deve ficar claro para os donos da casa”, ensina.
Para saber quantas banquetas, o primeiro fator é o espaço disponível: deve-se calcular que cada peça ocupa, no mínimo, 60 centímetros. Além disso, leva-se em conta o modo de vida dos moradores, considerando, por exemplo, se costumam receber visitas. “Eventos em casa com grande número de pessoas pedem uma bancada mais ampla e com mais lugares para sentar”, ilustra Pêgas.
O tamanho e a configuração do espaço também vão determinar se as banquetas vão ficar na área correspondente à cozinha ou ao estar. Se elas estiverem no local das refeições, deve-se privilegiar a funcionalidade dos móveis. “Do lado da sala agrega-se o efeito estético”, continua o arquiteto.
O material de que são feitos os pés e os assentos também é diferente em cada espaço. “Procuro usar aço ou outro metal na cozinha, já que neste ambiente estes materiais são uma constante. Na sala, o tecido do assento faz jogo com os demais tecidos de sofás, cadeiras ou até com papéis que estejam revestindo paredes ou painéis”, sugere.
O revestimento da parte estofada também deve levar em conta a função do ambiente. Cozinhas, churrasqueiras, bares e piscinas costumam ser locais onde há líquidos e gorduras difíceis de remover quando em contato com o tecido, por isso deve-se dar preferências a materiais fáceis de limpar ou lavar.
E além de pensar no lado funcional, na escolha do material dos assentos é preciso levar em conta o estilo dos espaços em que as banquetas vão estar. “Usamos muito o couro em ambientes clássicos ou conservadores. O acrílico e o metal caem bem em ambientes clean, enquanto que em locais mais rústicos o couro, o corino e tecidos resistentes são opções interessante”, indica Pêgas.
Quanto ao modelo, o arquiteto explica que em espaços menores deve-se privilegiar banquetas só com assento. “Ambientes mais amplos e sofisticados sugerem também o encosto, que é mais confortável”, pontua. E em ambos os casos, é preciso um lugar para apoiar os pés, que pode ser acoplado à bancada ou fazer parte do modelo do banco. ” O apoio para os pés traz maior conforto”, finaliza o arquiteto.
Foto: Shutterstock
Fonte: ZAP Imóveis