Muitas vezes, os serviços agregados, como segurança e lazer,podem compensar os valores cobrados
É cada vez mais comum agregar ao sonho da casa própria a ideia de segurança, espaço e privacidade. Basta acompanhar o mercado imobiliário e perceber o crescimento na quantidade de condomínios que foram construídos nos últimos anos. Porém, ainda assim, uma questão que pesa é a imagem que viver em um condomínio fechado acaba influenciando muito mais no bolso. É preciso colocar na ponta do lápis os custos e os benefícios para analisar se realmente a ideia de ter uma casa em um condomínio sai mais cara.
O condomínio é o primeiro valor que deve ser analisado, antes mesmo de comprar o imóvel, afinal de contas, ele é o principal custo direto. “Geralmente, os custos para a compra de uma casa em um condomínio ou fora, como de financiamento, registro e ITBI são iguais. O valor mensal do condomínio é que pode variar”, explica a advogada Daniele Akamine, diretora da Akamines Negócios Imobiliários.
Porém, o valor do condomínio inclui uma série de agregados que, no final das contas, são divididos pelo número de condôminos, como a questão da segurança e dos inúmeros itens de lazer que costumam estar inclusos. “É preciso lembrar que, em um condomínio, a segurança, limpeza, área comum, energia, tudo está incluso no valor do condomínio e por isso ele pode até ser mais caro. Mas se a pessoa for viver em uma casa na rua também vai precisar pagar por estes serviços à parte. Assim que a variação dos custos acabam se assemelhando”, ressalta Flávio Prando, vice-presidente de Intermediação Imobiliária e Marketing do Secovi-SP.
Para o economista Marcelo Barros, o que acontece é um valor agregado por conta da economia de aglomerações. “Dentro disso, existe uma questão positiva porque no condomínio existem bens coletivos que podem ser usufruidos por todos e os custos e manutenções são rateados. Se você mora em uma casa fora de um condomínio, vai precisar arcar com despesas com segurança, por exemplo, sozinho”, reforça.
Outra questão a ser pensada é em relação às manutenções. Os condomínios se preocupam com isso e, em caso de morar em uma casa fora de um condomínio, será que a preocupação é a mesma? “A casa se deprecia ano a ano e quanto é preciso gastar com reforma? Muito provavelmente o proprietário de uma casa fora de um condomínio não vai investir nisso todo ano, vai deixando para lá e existe uma depreciação no imóvel”, alerta Daniele.
Atenção
Se a ideia é comprar uma casa em um condomínio novo, é importante ficar atento a alguns outros detalhes. Neste caso, pode existir a necessidade de investir em infraestrutura, como em cerca elétrica, câmeras de segurança e fibra óptica para instalação de interfones e internet via cabo, por exemplo.
Esses são custos que podem ser incorporados à mensalidade do condomínio, seja temporariamente ou até que o serviço seja pago. Além disso, alguns condomínios podem exigir um padrão de construção, que pode acabar custando mais.
Para os investidores também é preciso mais atenção para a compra de casas em condomínios fechados . “Uma casa fora do condomínio, enquanto não consegue alugar ou vender, não precisa arcar com custos. Já com uma casa em um condomínio, é preciso pagar a taxa de condomínio durante todo o tempo que ela esteja desocupada”, analisa Marcelo Barros.
Fonte: ZapImóveis