Um grande número de obras levam muito tempo para serem concluídas, chegando a durar até mesmo alguns anos. Conjuntos habitacionais, grandes prédios comerciais e obras de infraestrutura encaixam-se facilmente nessa categoria.
Por serem tão longas e executadas no Brasil, um país onde existe inflação, não faz muito sentido manter registros de custos simplesmente somando-se os custos de cada serviço, porque essa soma inevitavelmente sofrerá distorção e poderá levar a interpretações errôneas por parte da construtora.
Por exemplo, consideremos que uma obra tenha comprado dois sacos de cimento: um por R$ 20 em 2012 e outro por R$ 25 em 2014. Dizer que foram gastos R$ 45 em cimento é equivocado, porque esse total não se refere ao custo atualizado de dois sacos — aqueles R$ 20 de 2012 já não valem R$ 20, não podendo ser simplesmente somados aos R$ 25 de hoje. Da mesma maneira que eu não há cabimento em se somar 100 cruzeiros a 100 reais, não se deve somar dinheiros de épocas distintas.
É por essa razão que a equipe gestora da obra deve referenciar os custos da obra à época em que eles ocorreram, ou seja, deve indexar o controle de custos. A indexação permite que se trabalhe com uma “moeda constante” que afasta que o efeito temporal da inflação e coloca todos os custos numa base, permitindo a soma algébrica direta.
Seja uma obra de muitos meses, cujo custo mês a mês é mostrado abaixo (por simplificação consideramos R$ 100.000 por mês).
Fonte: http://piniweb.pini.com.br/